Visualização do Conhecimento x Cognição
no âmbito do aprendizado da elaboração / melhora de Sistemas de Informação, através de interfaces.

  1. Introdução

  2. Este artigo tem por objetivo associar a visualização do conhecimento com o processo de cognição no âmbito do aprendizado da solução para elaborar Sistemas de Informação.
    Esta relação mostra a importancia da transferência de conhecimeno na elaboração/melhoria de sistemas através de suas interfaces.
    A interface aqui não é vista como uma parede e sim como uma relação entre faces, meio pelo qual se transfere dados qualitativos como catalizador para geração de conhecimento.

  3. Visualização do conhecimento

    A visualização é o processo de transformar dado, informação e conhecimento em representações gráficas para suportar a análise de dados, a exploração da informação, a previsão de tendência, a detecção de padrões e finalmente deduza novos conhecimentos

    Existe uma demanda no aumento da capacidade do ser humano em absorver novos conhecimentos, devido a grande massa de informação. Para tanto, é eminente a necessidade de complementar as representações verbais com representações visuais.

    A visualização do conhecimento é a junção de vários campos, onde temos a informação quantitativa exposta de forma gráfica, o design responsável pelas artes e ilustrações, e finalmente as ciências cognitivas responsáveis por entender o processo de percepção, raciocínio, integração e comunicação do conhecimento (figura 1).

    Figura 1 - Áreas que integram a visualização do conhecimento

    A visualização do conhecimento estuda o uso das representações visuais para melhorar a criação e transferência de conhecimento entre, pelo menos, duas pessoas, por meios gráficos que podem ser utilizados para construir, expressar e compreender uma grande quantidade de dados complexos, em duas, três ou mais dimensões.

    Veja a seguir as representações gráficas:

    • Representações gráficas do conhecimento

    • A) Mapas do Conhecimento: ilustram tanto uma visão geral e detalhada e as relações entre esses detalhes. Jafari et. al. (2009) afirma que um mapa do conhecimento é o processo de levantamento, avaliação e ligação das informações, conhecimentos, competências e proficiências detidos por indivíduos e grupos dentro de uma organização. Para transferência e criação de conhecimento, os mapas ajudam a obter uma visão global sobre as fontes de informação disponíveis .

      O Mapeamento do Conhecimento é “ uma rica síntese de processos de pensamento, estratégias mentais, técnicas e tecnologias e conhecimento que permite aos humanos investigar incógnitas, mostrar padrões de informação e usar o mapa para expressar, construir e avaliar novos conhecimentos ”(figura 2).
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      Figura 2 - Exemplo de mapa do conhecimento

      Fonte: http://the-web-of-knowledge.blogspot.com.br/2010/11/knowledge-maps-part-v-propositions.html

      B) Mapas Conceituais: representa conhecimento através de setas que mostram a relação entre conceitos, ou entre palavras que usamos para representar os conceitos. Zhang et. al. (2010) afirma que mapas conceituais tem se demonstrado uma efetiva e poderosa ferramenta de aprendizado (figura 3).

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      Figura 3 - Exemplo de mapa conceitual

      C) Mapas Mentais: criado por Tony Buzan são ferramentas de pensamento que permitem refletir o que se passa na mente, sendo uma forma de organizar os pensamentos e utilizar ao máximo as capacidades mentais (Keidann, 2013). Possui componentes como os tópicos com seus conteúdos, símbolos, palavras e desenhos (figura 4).

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      Figura 4 - Exemplo de mapa mental

      D) Metáforas Visuais:ajudam a entender uma coisa nova com a representação visual de outra coisa conhecida. É possível alcançar uma expressão visual do significado da informação através da transformação da forma com a ajuda de algumas características semelhantes formando um significado visual entre conhecidos e desconhecidos.

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      Figura 5 - Exemplo de metáfora visual

  4. Teoria da carga cognitiva

  5. A teoria da carga cognitiva possui princípios a fim de diminuir a sobrecarga cognitiva do aprendiz e maximizar seu aprendizado.

    Estes princípios em como objetivo tornar a interação humana com a tecnologia mais alinhada ao processo cognitivo a fim de diminuir a sobrecarga cognitiva do aluno e maximizar seu aprendizado. Santos e Tarouco (2003) apresentam os princípios elaborados por Richard Mayer que corroboram com a teoria:

    Coordenação: representação visual ajuda a coordenar os indivíduos no processo de comunicação, como exemplo, mapas do conhecimento;
    Atenção: representações visuais chamam a atenção por atingir emoções e manter a atenção identificando padrões ou tendências;
    Recordação: representações visuais melhoram a memorização porque pensamos em imagens, por exemplo, a metáforas visuais, mapas conceituais;
    Motivação: representações visuais inspiram, motivam, energizam e ativam espectadores, por exemplos, mapas metais;
    Elaboração: representações visuais fomentam a elaboração de conhecimentos em equipes, por exemplo, esboços heurísticos; e,
    Novos insights: representações visuais apoiam a criação de novos insights por meio da incorporação de detalhes no contexto e mostrando relações entre objetos, por exemplos, metáforas visuais.

  6. A transferência de conhecimento como interface entre Visualização e Aprendizado

    O resultado desta relação é um ambiente produzindo resultado.

    • Ambiente de aprendizado - wdz.eng.br

      A forma pelo qual o conhecimento é transmitido pelo usuário e absorvido pelo analista é chamada de ambiente de aprendizado para elaborar/melhorar um sistema de informação.

      Dentro desta pespectiva criei a plataforma wdz.eng.br O objetivo é aprender fazendo interfaces para sistemas de informação para seus diversos usos, partindo sempre da solução (de um caso real).


  7. Concluindo

  8. Artigos como esse nasceram para auxiliar aprendizado na elaboração de sistemas de informação.

    Por exemplo, a implementação em curso da plataforma wdz.eng.br .

    É mister observar que os requisitos da interface sejam rastreados na sua implementação.

    A não observancia dos requisitos poderá implicar insastifação do usuário acarretando em perda de confiança.

    É, portanto, de suma importância dos usuários e o analista estejam atentos a transferência do conhecimento tácito para a inteligência dos sistemas através da visualização do conhecimento que vem corraborar com o processo de aprendizado para elaboração/melhora dos sistemas, por meio de representações gráficas e neste sentido, que todos nós nos adaptemos a este tempo.


  9. Bibliografia

  10. Dominguez, Walter; Breve resumo sôbre Knowledge; consultado em jan 2019 ; http://wdz.eng.br/WDK/Knowledge.html

    Dominguez, Walter; 3 propostas de visualização de informação; consultado em jan 2019 ; http://wdz.eng.br/WDK/PropVisualizacaoFinal.pdf

    ENONE, Denise Santin. CASAES Júlio César Costa; Aspectos Cognitivos da Visualização do Conhecimento Aplicados ao Aprendizado Revista Espacios Vol36 (n 7) Ano 2015 , pag 18.