Conceitos gerais usados em ciência Principais conceitos utilizados em ciência para pesquisa. 
1. CiênciaRefere-se a qualquer conhecimento ou prática sistemática. Em sentido mais restrito, ciência refere-se a um sistema de adquirir conhecimento baseado no método científico.
A ciência é o esforço para descobrir e aumentar o conhecimento humano de como a realidade funciona
2. Pesquisa É um processo sistemático de construção do conhecimento que tem como metas principais gerar novos conhecimentos e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento pré-existente.
  • Pesquisa bibliográfica
    Abrange a leitura, análise e interpretação de livros, periódicos, documentos mimeografados ou xerocopiados, mapas, fotos, manuscritos, etc. Todo material recolhido deve ser submetido a uma triagem, a partir da qual é possível estabelecer um plano de leitura. Trata-se de uma leitura atenta e sistemática que se faz acompanhar de anotações e fichamentos que, eventualmente, poderão servir à fundamentação teórica do estudo.
    É usada na fundamentação da justificativa da escolha do tema e na elaboração do relatório final.
  • Pesquisa descritiva
    Tem por premissa buscar a resolução de problemas melhorando as práticas por meio da observação, análise e descrições objetivas, através de entrevistas com peritos para a padronização de técnicas e validação de conteúdo.
    A pesquisa descritiva usa padrões textuais como, por exemplo, questionários para identificação do conhecimento.
    Tem por finalidade observar, registrar e analisar os fenômenos sem, entretanto, entrar no mérito de seu conteúdo.
    Não há interferência do investigador, que apenas procura perceber, com o necessário cuidado, a frequência com que o fenômeno acontece. É importante que se faça uma análise completa desses questinários para que se chegue a uma conclusão.
  • Pesquisa laboratorial
    Ocorre em situações controladas, valendo-se de instrumental específico e preciso.
    Se realizem em recintos fechados ou ao ar livre, em ambientes artificiais ou reais, em todos os casos, requerem um ambiente adequado, previamente estabelecido e de acordo com o estudo a ser realizado.
    A Psicologia Social e a Sociologia, frequentemente, utilizam a pesquisa de laboratório, por questões de ética, nunca devam ser estudados e/ou reproduzidos no ambiente controlado do laboratório.
  • Pesquisa empírica
    Se dá por tentativa e erro, e é realizada em qualquer ambiente.
    Têm como principal finalidade testar hipóteses que dizem respeito a relações de causa e efeito.
    Envolvem: grupos de controle, seleção aleatória e manipulação de variáveis independentes. Empregam rigorosas técnicas de amostragem para aumentar a possibilidade de generalização das descobertas realizadas com a experiência.
    Tipos: a pesquisa empírica pode ser realizada no laboratório e no campo.
  • Pesquisa de campo
    Observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado.
    Ciência e áreas de estudo, como a Antropologia, Sociologia, Psicologia Social, Psicologia da Educação, Pedagogia, Política, Serviço Social, usam frequentemente a pesquisa de campo para o estudo de indivíduos, grupos, comunidades, instituições, com o objetivo de compreender os mais diferentes aspectos de uma determinada realidade.
    Parte do levantamento bibliográfico. Exige também a determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à natureza do tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro e análise. Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente quantitativa ou qualitativa.
    Numa pesquisa em que a abordagem é basicamente quantitativa, o pesquisador se limita à descrição factual deste ou daquele evento, ignorando a complexidade da realidade social.
  • Pesquisa acadêmica
    é realizada no âmbito da academia (universidade, faculdade ou outra instituição de ensino superior), conduz
3. Teoria É o conhecimento descritivo que permite especulações, contudo puramente racional.
Forma de pensar e entender algum fenômeno a partir da observação.
É uma síntese aceita de um vasto campo de conhecimento, consistindo-se de hipóteses necessariamente falseáveis mas não por isto erradas, dúbias ou tão pouco duvidosas, que foram e são permanentemente e devidamente cofrontadas com os fatos científicos, fatos estes que integram um conjunto de evidências que, juntamente com as hipóteses
4. Hipóteses É uma formulação provisória, com intenções de ser posteriormente demonstrada ou verificada, constituindo uma suposição admissível. a hipotese aceita leva ao postulado ou axioma
5. Conceito É aquilo que a mente concebe ou entende: uma ideia ou noção, representação geral e abstracta de uma realidade. Pode ser também definido como uma unidade semântica, um símbolo mental ou uma "unidade de conhecimento". Um conceito corresponde geralmente a uma representação numa linguagem ou simbologia.
É uma frase (juízo) que diz o que a coisa é ( expressão de um predicado comum a todas as coisas da mesma espécie) ou como funciona.
6. Postulado ou axioma
É uma sentença ou proposição que não é provada ou demonstrada e é considerada como óbvia ou como um consenso inicial necessário para a construção ou aceitação de uma teoria. Por essa razão, é aceito como verdade e serve como ponto inicial para dedução e inferências de outras verdades (dependentes de teoria).
Elementos de Euclides:
    Axioma 1: Duas coisas iguais a uma terceira, são iguais entre si.
    Axioma 2: Se parcelas iguais forem adicionadas a quantias iguais, os resultados continuarão sendo iguais.
    Axioma 3: Se quantias iguais forem subtraídas das mesmas quantias, os restos serão iguais.
    Axioma 4: O todo é maior que a parte.

    Postulado 1: Uma reta pode ser traçada de um ponto para outro qualquer.
    Postulado 2: Qualquer segmento finito de reta pode ser prolongado indefinidamente no sentido da reta.
    Postulado 3: Dados um ponto qualquer e uma distância qualquer, pode-se traçar um círculo de centro naquele ponto e raio igual à dada distância.
    Postulado 4: Todos os ângulos retos são iguais entre si.
    Postulado 5: Se uma reta cortar duas outras retas de modo que a soma dos dois ângulos interiores, de um mesmo lado, seja menor que dois ângulos retos,     então as duas outras retas se cruzam, quando suficientemente prolongadas, do lado da primeira reta em que se acham os dois ângulos.

Asserções matemáticas (axiomas, postulados, proposições, teoremas)
 
7. Teorema É uma afirmação que pode ser demonstrada verdadeira por aceitar operações e argumentos matemáticos. Na maioria dos casos, o teorema é uma junção de alguns princípios gerais, fazendo o novo teorema parte de uma grande teoria. Prova é o processo de mostrar que um teorema está correto
8. Proposições É  um termo usado em lógica para descrever o conteúdo de asserções. Uma asserção é um conteúdo que pode ser tomado como verdadeiro ou falso. Asserções são abstrações de sentenças não-lingüísticas que a constituem. A natureza das proposições é altamente controversa entre filósofos, muitos dos quais são céticos sobre a existência de proposições. Muitos lógicos preferem evitar o uso do termo proposição em favor de usar sentença.
9. Lógica Significa palavra, pensamento, ideia, argumento, relato, razão lógica ou princípio lógico), é uma ciência de índole matemática e fortemente ligada à Filosofia.
É um conjunto de axiomas e regras de inferência que visam representar formalmente o raciocínio válido .

Lógica aristotélica ao sistema lógico desenvolvido por Aristóteles a quem se deve o primeiro estudo formal do raciocínio. Dois dos princípios centrais da lógica aristotélica são a lei da não-contradição e a lei do terceiro excluído.

A lei da não-contradição diz que nenhuma afirmação pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo e a lei do terceiro excluído diz que qualquer afirmação da forma *P ou não-P* é verdadeira. Esse princípio deve ser cuidadosamente distinguido do *princípio de bivalência*, o princípio segundo o qual para toda proposição (p), ela ou a sua negação é verdadeira.

A lógica aristotélica, em particular, a teoria do silogismo, é apenas um fragmento da assim chamada lógica tradicional.

Lógica Formal, também chamada de Lógica Simbólica, preocupa-se, basicamente, com a estrutura do raciocínio. A Lógica Formal lida com a relação entre conceitos e fornece um meio de compor provas de declarações. Na Lógica Formal os conceitos são rigorosamente definidos, e as orações são transformadas em notações simbólicas precisas, compactas e não ambíguas.

A lógica de primeira ordem tipada permite que as variáveis e os termos tenham vários tipos (ou sortes). Se houver apenas um número finito de tipos o resultado não será muito diferente da lógica de primeira ordem, porque os tipos poderão ser descritos com um número finito de predicados unários e alguns axiomas. Às vezes há um tipo especial Ω dos valores de verdade, e neste caso as fórmulas são nada mais do que termos do tipo Ω.
    A lógica de segunda ordem fraca permite a quantificação sobre subconjuntos finitos.
    A lógica de segunda ordem monádica permite a quantificação sobre subconjuntos, ou seja, sobre predicados unários.
    A lógica de segunda ordem permite a quantificação sobre subconjuntos e relações, ou seja, sobre todos os predicados. Por exemplo, a igualdade pode ser definida na lógica de segunda ordem pelo x = y ≡def ∀P (P(x) ↔ P(y)). A quantificação sobre predicados não é permitida na lógica de primeira ordem.
    As lógicas de ordem superior permitem a quantificação sobre coisas mais gerais, tais como relações entre relações.
    A lógica intuicionista de primeira ordem utiliza o intuicionismo ao invés do cálculo proposicional clássico, por exemplo, o \neg\negφ não precisa ser equivalente a φ.
    A lógica modal tem operadores modais extras com significados informais tais como "é necessário que φ" e "é possível que φ".
    A lógica infinitária permite sentenças infinitamente longas. Ela pode permitir por exemplo, uma conjunção ou uma disjunção infinita de muitas fórmulas, ou uma quantificação sobre um número infinito de variáveis. Sentenças infinitamente longas aparecem na matemática (por exemplo, topologia) e na metamatemática (por exemplo, a teoria dos modelos).
    A lógica de primeira ordem com quantificadores generalizados tem novos quantificadores Qx,…, com significados como "há muitos x tais que…". Veja também quantificação ramificada e quantificação plural de George Boolos e outros.
    A lógica independence-friendly é caracterizada por quantificadores ramificados que permitem expressar a independência entre variáveis quantificadas.

10. Tese É literalmente uma proposição que se apresenta para ser defendida como conclusão de um teorema. Ou seja, é a conclusão que se obtem por dedução lógica a partir de outras conclusões já comprovadas ou admitidas como verdadeiras. Necessitando de comprovação.

Existem basicamente três níveis para se definir a validade de uma afirmação dentro do conhecimento científico. O mais básico é a hipótese. Quando essa hipótese passa a ser suportada por fatos ainda sem ser confirmada por pesquisas independentes, passa a ser considerada uma tese. Atualmente, esse termo tende a ser menos utilizado, sendo uma etapa freqüentemente suprimida. Por último surge a teoria. Para se estabelecer como teoria as suas afirmações devem ser corroboradas por evidências e por raciocínios desenvolvidos principalmente por processos de dedução (mas também por indução) baseando-se nas evidências que sustentam a sua afirmação, que juntas, passam a integrar a teoria
11. Paradoxo Veja o exemplo de um paradoxo simples e interessante:

    A afirmação abaixo é verdadeira.
    A afirmação acima é falsa.
12. Silogismo É um termo filosófico com o qual Aristóteles designou a argumentação lógica perfeita, constituída de três proposições declarativas que se conectam de tal modo que a partir das duas primeiras, chamadas premissas, é possível deduzir uma conclusão. A teoria do silogismo foi exposta por Aristóteles em Analíticos anteriores.

O silogismo é estruturado do seguinte modo:

    Todo homem é mortal (premissa maior)
        homem é o sujeito lógico, e fica antes do verbo ;
        é representa a ação , isto é, o verbo que exprime a relação entre sujeito e predicado;
        mortal é o predicado lógico, e fica após o verbo.

    Sócrates é homem (premissa menor)

    Logo, Sócrates é mortal (conclusão). 
13. Corolário É uma decorrência imediata de um teorema.

Por exemplo, o comprimento da diagonal de um quadrado cujo lado possui comprimento a é dado por a \cdot \sqrt{2}. Isso é um corolário do teorema de Pitágoras.
14. Canonica É  uma combinação linear de outras variáveis em estudo, usada geralmente na construção de cenários. A variável canônica é uma função de análise multivariada com a finalidade de discriminar grupos em conjunto de dados. Através de combinações lineares é possível analisar a similaridade ou a dissimilaridade de grupos em conjunto de dados. 
15. LemaÉ um teorema que é usado como um passo intermediário para atingir um resultado maior, provado em outro teorema. Normalmente o lema tem pouca serventia além de servir ao propósito do teorema que o utiliza, mas isto não é uma regra, e a classificação entre lemas e teoremas é arbitrária.
Lema é a forma canônica de uma palavra.
16. Proposição É um termo usado em lógica para descrever o conteúdo de asserções. Uma asserção é um conteúdo que pode ser tomado como verdadeiro ou falso. Asserções são abstrações de sentenças não-lingüísticas que a constituem. A natureza das proposições é altamente controversa entre filósofos, muitos dos quais são céticos sobre a existência de proposições. Muitos lógicos preferem evitar o uso do termo proposição em favor de usar sentença.

Diferentes sentenças podem expressar a mesma proposição quando têm o mesmo significado. Por exemplo, "A neve é branca" e "Snow is white" são sentenças diferentes, mas ambas dizem a mesma coisa, a saber, que a neve é branca. Logo, expressam a mesma proposição. Outro exemplo de sentença que expressa a mesma proposição que as anteriores é "A precipitação de pequenos cristais de água congelada é branca", pois "precipitação de pequenos cristais de água congelada" é a definição de "neve".

Na lógica aristotélica uma proposição é um tipo particular de sentença, a saber, aquela que afirma ou nega um predicado de um sujeito.
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