Contrutivismo

Contrutivismo Forma de conceber o conhecimento: sua gênese e seu desenvolvimento

1. O que é

O termo construtivismo é usado para representar uma coleção de teorias que têm em comum a idéia-base de que indivíduos constroem seu conhecimento a fim de resolverem problemas, geralmente com a cooperação de outros.

Sob a perspectiva construtivista, o pensamento é a base em que se fundamenta a aprendizagem, centrada na pessoa que a realiza, ou seja, o foco está no processo de aprendizagem e não mais nos resultados obtidos.

A aprendizagem é vista como um processo de construção, ao invés de reprodução do conhecimento. Para os construtivistas, não se aprende de forma fragmentada, nem se deve apresentar conhecimentos prontos; pelo contrário, os indivíduos concebem o mundo externo de maneiras distintas, baseados em suas experiências e em suas crenças.

No modelo construtivista, os alunos assumem o papel de sujeito no processo de aprendizagem e são encorajados a explorarem possibilidades, inventarem soluções alternativas, cooperarem com outros alunos, testarem hipóteses e apresentarem a melhor solução encontrada.

Algumas proposições norteiam o modelo pedagógico baseado no construtivismo: a compreensão ocorre através de interações com o ambiente; questionamentos são estímulos para a aprendizagem; o conhecimento evolui pela negociação social; a ênfase recai na argumentação, discussão e debate

As propostas didáticas construtivistas contemplam um espaço de problemas, de curiosidades, de dúvidas, de troca de experiências e de cooperação. Nesse modelo, o professor atua como orientador, ajudando os alunos a fazerem conexões significativas entre o novo e o seu conhecimento anterior. Sua função é planejar situações em que os alunos sejam desafiados a propor idéias, ao mesmo tempo em que enfrentam, junto com seus colegas, problemas apresentados, a fim de resolvê-los.

2. Linhas de pensamento

Bruner: aprendizado é um processo ativo, no qual aprendizes constroem novas idéias, ou conceitos, baseados em seus conhecimentos passados e atuais. O aprendiz seleciona e transforma a informação, constrói hipóteses e toma decisões, contando, para isto, com uma estrutura cognitiva (esquemas e modelos mentais)
Vygotsky: defende a importância da simbolização no processo de aprendizagem.
Corrente sócio-interacionista apóia-se na concepção de um sujeito interativo que elabora seus conhecimentos sobre os objetos, em um processo mediado pelo outro.
Níveis de desenvolvimento: o real e o potencial. O primeiro refere-se a atividades que a pessoa consegue realizar por si mesma. O segundo implica alguma forma de auxílio que a pessoa precisa para tornar concluída a tarefa. A diferença entre o real e o potencial é o processo de maturação.
Piaget: o comportamento dos seres vivos nem é inato, nem é resultado de condicionamentos. Para ele é construído numa interação entre organismo e meio: quanto mais complexa essa interação mais “inteligente” é o indivíduo.